Nigéria | Ensaios de batata GM resistente ao míldio tardio obtêm produção 300% mais elevada do que a variedade convencionalBlog

Na Nigéria, o projeto de batata geneticamente modificada (GM) completou o seu primeiro ano de ensaios confinados em três locais diferentes. Os resultados mostram que esta variedade apresenta uma vantagem significativa em termos de rendimento em comparação com as variedades convencionais plantadas no país.

De acordo com o responsável pelas comunicações da Fundação Africana de Tecnologia Agrícola (AATF), Alex Abutu, “os resultados preliminares dos três locais, Kuru e Bokkos (em Plateau) e Kusuku (em Taraba), mostraram que as batatas geneticamente modificadas produziram mais 300% do que a variedade convencional de melhor rendimento no país, quando não foi aplicado fungicida.”

Os ensaios foram realizados no âmbito do Global Biotech Feed the Future Potato Partnership (GBPP), um projeto de cinco anos coordenado pela Michigan State University. Este projeto centra-se na comercialização de batatas resistentes ao míldio tardio em variedades preferidas pelos agricultores no Bangladesh, Indonésia, Quénia e Nigéria.

Charles Amadi, investigador principal do GBPP, está entusiasmado com os resultados promissores da investigação uma vez que demonstrou claramente que a batata GM pode dar um contributo significativo para mitigar a devastação causada pelos surtos recorrentes de míldio tardio nas zonas de cultivo da Nigéria. “Isso ajudaria a aumentar os rendimentos, garantir os investimentos dos agricultores e os meios de subsistência das várias partes na cadeia de valor”, disse Charles Amadi.

Relativamente ao míldio tardio, o diretor do ensaio GBPP, Shuaibu Kahya,  afirmou que “é a mais destrutiva de todas as doenças da batata. Afeta tanto a folhagem da batata no campo como o tubérculo no armazenamento, o que pode destruir uma colheita e causar 100% de perda”. Os produtores de batata nigerianos enfrentam a doença do míldio tardio há mais de 30 anos.

No primeiro ano do ensaio de campo confinado em vários locais, 80 a 100 por cento das batatas do grupo de controlo em que não foram aplicadas técnicas biotecnológicas morreram de míldio tardio. Já a batata geneticamente modificada teve um bom desempenho – 100% das plantas não apresentaram sintomas de míldio tardio na folhagem”, garantiu Shuaibu Kahya.

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