
Uma investigação conduzida por investigadores da FLAME University, Arkansas Tech University e da University of Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, explorou o papel do conhecimento, da confiança e da informação na aceitação dos consumidores em relação aos alimentos geneticamente editados. O estudo focou-se na farinha de trigo desenvolvido com a tecnologia CRISPR para produzir níveis mais baixos de acrilamida, um composto potencialmente carcinogénico.
Realizou-se um inquérito online com 1.638 indivíduos para examinar as preferências dos consumidores, as atitudes e a disposição para pagar por produtos alimentares baseados em CRISPR que melhorem a segurança e os benefícios para a saúde. Os resultados preliminares mostraram que, embora a maioria dos participantes tivesse baixos conhecimentos subjetivos e objetivos, estavam mais inclinados a procurar informações adicionais. A utilização da tecnologia CRISPR e OGM em plantas foi mais aceitável para os inquiridos do que a sua utilização em animais ou seres humanos. Os aspetos que suscitaram mais preocupação foi a possível ocorrência de efeitos negativos do CRISPR e o acesso limitado à tecnologia. Estas preocupações eram evidentes entre aqueles que tinham menos conhecimento ou compreensão sobre o CRISPR.
O estudo revelou que, na opinião dos inquiridosas, as universidades e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) são mais confiáveis do que as empresas multinacionais e startups. Os resultados também mostraram que o USDA e os profissionais de saúde são mais confiáveis como fontes de informação.
Com base nos resultados, os investigadores afirmaram que esta é uma oportunidade para intervenções educativas direcionadas com o objetivo de aumentar o conhecimento e a aceitação dos consumidores em relação aos alimentos geneticamente editados.
Para mais informações, leia os resultados preliminares no site da University of Nebraska-Lincoln.