
O Algarve pode vir a posicionar-se na linha da frente da ciência aplicada à aquacultura celular. O projeto INOVACEL, que será desenvolvido nos próximos três anos, pretende produzir proteínas animais alternativas através da aquacultura celular com microalgas.
Apoiado pelo programa de financiamento Algarve 2030, pelo Portugal 2030 e pela União Europeia com um orçamento de 1,3 milhões de euros, este projeto resulta de uma parceria com a empresa Necton, os laboratórios colaborativos S2AQUALcoLAB e Greencolab e o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve.
Com o INOVACEL os promotores pretendem colocar o Algarve “no mapa da produção de proteínas animais alternativas” e “desenvolver novos produtos e processos sustentáveis, inovadores e economicamente rentáveis para o sector da aquacultura celular, através de abordagem circular com recurso ao uso de microalgas.
Em comunicado, os promotores apontam como principais objetivos desta iniciativa a criação de “linhas celulares derivadas de organismos marinhos para a produção de proteína, proporcionando alternativas viáveis à produção de proteína animal tradicional”, ou a substituição do soro animal por soro de microalgas, que é «uma solução sustentável, ética e economicamente mais interessante”.
Este projeto procura também “tratar efluentes da produção de proteína animal através de biorremediação com microalgas, permitindo a reciclagem eficiente de nutrientes e a sua reintegração no ciclo produtivo”, permitindo “reduzir drasticamente o impacto ambiental da produção de proteína cultivada” e “aumentar a eficiência e a rentabilidade económica dos sectores da Aquacultura Celular e da Biotecnologia de Microalgas”.
“A investigação será conduzida ao longo de três anos e pretende posicionar o Algarve na linha da frente da ciência aplicada à aquacultura celular, com o objetivo ambicioso de criar um hub de referência nesta área na região. Esta iniciativa pretende consolidar a posição da região como um polo de excelência na investigação e inovação sustentável, alavancando novas oportunidades económicas e científicas”.
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