Um estudo publicado na revista Plant Biotechnology Journal revela que a edição do gene NPR3 confere resistência à batata contra a bactéria Candidatus Liberibacter solanacearum (CLso), associada à doença conhecida como “Zebra chip”. As grandes perdas económicas causadas por esta doença exigem abordagens alternativas para desenvolver resistência.
Os investigadores criaram várias linhas de batata geneticamente editadas utilizando a bactéria Agrobacterium tumefaciens como vetor para transferir material genético para as células das plantas.
O estudo não encontrou nenhum crescimento anormal nas linhas editadas em comparação com as plantas de controlo. Quando expostas ao CLso, as linhas editadas mostraram sintomas reduzidos da doença, menor descoloração, uma diminuição significativa na quantidade de CLso e uma maior expressão de genes marcadores relacionados com a defesa.
Para entender melhor como as batatas editadas resistem à doença, os investigadores analisaram as alterações na atividade genética e nos metabolitos. A análise revelou que muitos destes genes estavam envolvidos em processos relacionados com o stresse biótico e respostas de defesa. Além disso, um mapeamento dos metabolitos mostrou a ativação de várias proteínas e fatores de transcrição relacionados com a defesa. Esta análise detalhada ajuda a explicar a maior resistência às doenças observada nas batatas editadas.
StNPR3 é um gene específico identificado nas batatas (Solanum tuberosum): “St” é uma abreviação do nome científico da batata e “NPR3” refere-se ao nome do gene que está a ser editado para conferir resistência a doenças.
O gene NPR3 faz parte de uma família de genes conhecidos como NPR (Nonexpressor of Pathogenesis-Related genes), que estão envolvidos na regulação das respostas de defesa das plantas contra patogénios. A sua edição pode aumentar a resistência da batata a certos patogénios, como a bactéria Candidatus Liberibacter solanacearum que causa a doença “Zebra chip”. A edição genética deste gene visa melhorar a capacidade da planta de resistir a infecções, reduzindo os sintomas e os danos causados pela doença.
Os investigadores utilizaram a tecnologia de dição genética CRISPR-Cas9.
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