Investigadores da Universidade de Tsukuba, no Japão, utilizaram a tecnologia de edição genética CRISPR/Cas9 para desenvolver uma variedade de melão que tem uma vida útil mais prolongada (mais 14 dias). Esta tecnologia poderá reduzir o desperdício de alimentos e contribuir para a segurança alimentar mundial.
A revista Frontiers in Genome Editing publicou um estudo de interesse internacional que poderá ajudar a reduzir o desperdício alimentar. Os autoresdos estudo utilizaram ferramentas biotecnológicas de edição de genes para prolongar o prazo de validade de uma variedade de melão japonês. O melão geneticamente editado é capaz de manter a pele verde e a polpa firme até 14 dias após a colheita.
A tecnologia de edição de genes aplicada foi o sistema CRISPR/cas9, conhecido pela sua precisão e eficácia no melhoramento de plantas. Os cientistas inativaram a função de um único gene (cmACO1) envolvido na produção de etileno, uma hormona relacionada com o amadurecimento dos frutos.
Esta descoberta pode ter um impacto global significativo se o processo for replicado noutros frutos e legumes. De acordo com a FAO, em 2019 cerca de 14% da produção total de alimentos perdeu-se antes de chegar aos pontos de venda a retalho, e 17% foi desperdiçada nos pontos de venda a retalho e nas casas dos consumidores. Desta forma, a edição de genes poderia contribuir para a redução do desperdício de alimentos a nível mundial.
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