No Japão, investigadores da Universidade de Hiroshima utilizaram uma ferramenta de edição do genoma (TALEN) para retirar a parte dos ovos responsável pela proteína ovomucoide que causa a maioria das reações alérgicas. Os ovos não estão no mercado, por enquanto só existem em laboratório.
As pessoas que desenvolvem alergia aos ovos têm agora a esperança de um dia poderem consumir este alimento. Na Universidade de Hiroshima, no Japão, uma equipa de investigadores liderada por Ryo Ezaki usou moléculas TALEN, uma tecnologia que permite editar com precisão o DNA, para criar galinhas cujos ovos não produzem a proteína da clara responsável pela maioria dos casos de alergia. A ferramenta de edição do genoma designada TALEN pode ser comparada a tesouras moleculares, sendo capazes de reconhecer sequências específicas de letras do DNA e cortá-las com uma alta precisão.
Os ovos não alergénicos não estão à venda. Por enquanto, só existem em laboratório. “Para serem usados na alimentação, é preciso avaliar primeiro a sua segurança”, salientou Ryo Ezaki num comunicado sobre o estudo.
O estudo foi recentemente publicado no jornal científico Food and Chemical Toxicology.
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