No passado dia 2 de março foi aprovada no Brasil a produção e a comercialização de trigo geneticamente modificado (GM) tolerante à seca. Até agora, só a Austrália e a Nova Zelândia autorizaram o cultivo e comercialização de trigo GM.
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou no dia 2 de março de 2023 a produção e a comercialização, no Brasil, de trigo geneticamente modificado (GM). Até então, desde novembro de 2021, o Brasil tinha somente autorização para comercializar e importar farinha de trigo GM. Com esta decisão, a CTNbio considera que o trigo transgénico não apresenta risco para a saúde humana e para o ambiente.
Esta variedade de trigo GM (HB4) apresenta maior tolerância ao stress ambiental, especialmente em regiões com restrição hídrica, como é o caso do Cerrado brasileiro. A Embrapa (Empresa Brasileira de Investigação Agropecuária) já está a realizar, de forma experimental, testes com o trigo GM; os primeiros resultados de adaptabilidade e produtividade devem ser conhecidos em meados de julho e agosto deste ano, por altura da colheita.
Para a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) a autorização para cultivo e comercialização de trigo geneticamente modificado (OGM) no Brasil pode permitir a expansão da área plantada com este cereal. “Teremos um trigo mais resistente à seca. Com isso, o produtor pode ganhar novas áreas de cultivo, o Brasil pode ampliar o volume de colheita, e, consequentemente, em dois a quatro anos o Brasil poderá ser autossuficiente na produção de trigo e aumentar as suas exportações”, afirmou o presidente executivo da Abimapi, Claudio Zanão, ao jornal Broadcast Agro.
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