A regulamentação sobre a edição de genes de animais contribui para as perceções negativas do público sobre a tecnologia e está a travar a inovação no setor pecuário. A convicção é da especialista em genómica animal e biotecnologia da Universidade Davis da Califórnia, Alison Van Eenennaam.
Durante o Cultivating Trust Summit 2021, realizado em novembro passado pela Farm & Food Care Saskatchewan“, a investigadora alertou para uma possível campanha ativista contra a utilização das ferramentas de edição genética na produção de alimentos, citando os longos caminhos regulatórios usados por países como os Estados Unidos e os da União Europeia, que, segundo ela, “favorecem grandes empresas que podem dar-se ao luxo de ‘navegar’ no sistema e suportar os custos de propriedade intelectual.”
O argumento, tantas vezes repetido, de que a regulamentação ajuda o consumidor a confiar no produto não convence Van Eenennaam. Ela acredita, pelo contrário, que a regulamentação em torno da modificação genética deixou as pessoas mais temerosas do que os produtos que não são regulamentados. Como a seleção genómica, por exemplo, que permite fazer muitas coisas que a edição do genoma permite, mas não é alvo de vaias.
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