COMUNICADO
Mega-estudo sobre alimentação com plantas transgénicas
Não foram detectados transgenes no corpo dos animais
21 Fevereiro 2007
O CiB – Centro de Informação de Biotecnologia divulga hoje um artigo de revisão científica – Studies on feeds from genetically modified plants (GMP) – Contributions to nutritional and safety assessment -, publicado no início de Fevereiro de 2007 na revista “Animal Feed Science and Technology”, sobre 18 estudos de investigação que não detectaram a presença de quaisquer transgenes em órgãos ou tecidos de animais domésticos, alimentados com plantas geneticamente modificadas.
Os autores deste artigo de revisão, investigadores de dois institutos do Centro Federal de Investigação Agrícola (FAL) da Alemanha, revelam que não foram detectados quaisquer casos de transferência de transgenes para o corpo dos animais, nem foi verificada a presença de restos de DNA transgénico em qualquer dos seus órgãos ou tecidos. Para além disso, em nenhuma das experiências realizadas foram encontradas diferenças significativas na digestibilidade dos alimentos geneticamente modificados em relação aos convencionais. As rações alimentares fornecidas a vacas leiteiras, touros, porcos, galinhas poedeiras, frangos de aviário e codornizes, tinham na sua composição as seguintes plantas transgénicas: milho, beterraba, soja, e batatas.
O objectivo deste artigo foi apresentar os avanços nutricionais e a avaliação de segurança das plantas produzidas através da tecnologia da engenharia genética, considerando as alterações na sua composição e também osefeitos nas suas performances. Segundo os investigadores do FAL, os resultados apresentados coincidem com outros 100 estudos internacionais realizados até à data.
Segundo Pedro Fevereiro, Presidente da Direcção do CiB, este estudo corrobora a informação que o Centro de Informação de Biotecnologia tem vindo a divulgar nos últimos anos, relativamente à segurança alimentar das variedades transgénicas aprovadas para comercialização, indo também ao encontro dos pareceres emitidos pela Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) sobre esta matéria. Segundo aquele professor universitário e investigador de Biotecnologia Vegetal, estes dados demonstram a inutilidade da rotulagem de animais alimentados com rações que incluem, na sua composição, variedades de plantas geneticamente modificadas.