
Ontem, o Parlamento Europeu confirmou a sua posição sobre a regulamentação das plantas obtidas por novas técnicas genómicas (NTG). Um passo muito importante em direção à adoção da regulamentação das NTG.
A capacidade de alterar pequenos elementos do ADN de uma planta, ou de ativar ou desativar genes específicos, está a desencadear uma transformação no desenvolvimento de culturas. Ao modificar genes específicos, as plantas podem produzir mais, resistir a pragas, tolerar a seca e ter um conteúdo nutricional melhorado. Para os agricultores, isso significa maior produtividade e colheitas de qualidade que atendem à procura de uma população em crescimento, sem sobrecarregar os recursos naturais.
A reprodução tradicional é um processo lento. Muitas vezes demora décadas para obter características desejáveis nas culturas. Mas com as tecnologias mais recentes, podemos reduzir o tempo necessário para desenvolver e cultivar novas variedades de plantas.
Uma das principais vantagens do uso de novas técnicas é a capacidade de produzir culturas mais resistentes a stresses ambientais, como a seca, a salinidade e doenças. Isto permite reduzir significativamente as perdas de culturas e permite práticas agrícolas mais sustentáveis, reduzindo a necessidade de aplicação de pesticidas e de outros produtos químicos de síntese.
Além disso, as técnicas de edição genética também permitem melhorar o aporte nutricional dos alimentos e aumentar o seu tempo em prateleira, reduzindo desta forma o desperdício. Ou seja, o uso de novas técnicas genómicas na agricultura tem o potencial de melhorar significativamente a segurança alimentar e a sustentabilidade.
Mas para os agricultores da UE poderem usufruir do potencial destas novas técnicas, é necessária uma regulamentação das NTG baseada na ciência. Esperemos que em breve a regulamentação das NTG se torne uma realidade e os agricultores da União Europeia possam ter finalmente acesso à inovação.