Investigadores da Universidade de Telavive, em Israel, testaram uma nova maneira de reduzir a necessidade de água do tomateiro. Utilizando o sistema CRISPR, os cientistas conseguiram desenvolver frutos com qualidade e que precisam de menos água para crescer. A experiência foi descrita num artigo publicado na revista académica PNAS.
Através do sistema CRISPR, os cientistas editaram um gene conhecido como ROP9. As proteínas que o compõem funcionam como interruptores, alternando entre um estado ativo ou inativo. Os investigadores conseguiram fazer com que as plantas abrissem e fechassem os seus estomas em determinado momento do dia.
Durante as manhãs e noites, onde a perda de água é menor, os estomas ficaram abertos, capturando CO2. Durante o meio-dia, os estomas ficaram parcialmente fechados. Dessa forma, as plantas evitaram a perda de água excessiva e continuaram absorvendo uma quantidade de dióxido de carbono suficiente para o desenvolvimento dos frutos. Por fim, os cientistas analisaram os frutos produzidos e compararam-nos com diversas plantas da colheita, tendo concluido que a edição do gene não teve efeitos adversos no processo de fotossíntese, nem na quantidade e qualidade dos frutos.
O investigadores acreditam que esta descoberta pode servir de base para o desenvolvimento de outros alimentos com maior eficiência no uso da água. Leia aqui o estudo publicado na PNAS.