“As Novas Técnicas Genómicas “têm o potencial de contribuir para sistemas agroalimentares sustentáveis, em conformidade com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e da Estratégia Do Prado ao Prato”, afirmou Eduardo Diniz, diretor-geral do GPP na conferência “A importância da Biotecnologia para a sustentabilidade na agricultura”, que se realizou ontem no CCB.
Na conferência que o CiB, a IACA e o InnovPlantProtect realizaram ontem no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, intitulada “A importância da Biotecnologia para a sustentabilidade na agricultura”, o diretor-geral do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) apresentou as prioridades a nível mundial e da UE para fazer face aos desafios a nível da sustentabilidade, tendo destacado o necessário equilíbrio entre o abastecimento alimentar e um sistema alimentar sustentável; o crescimento da população em simultâneo com a evolução de tecnologias genéticas; os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o Pacto Ecológico Europeu como prioridades da agenda política a favor da sinergia entre produção alimentar, circularidade do sistema alimentar, biodiversidade e neutralidade climática; e o processo político-institucional associado ao recurso a NTG para o desenvolvimento de sementes e plantas resistentes a pragas e doenças.
Depois de um enquadramento sobre o papel da biotecnologia no desenvolvimento de práticas agrícolas mais sustentáveis e eficazes, Eduardo Diniz saiu em defesa das NTG, reconhecendo que “têm o potencial de contribuir para sistemas agroalimentares sustentáveis, em conformidade com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu e da Estratégia “Do Prado ao Prato”. Neste contexto, afirmou o diretor-geral do GPP, “é reconhecido que esta técnica inovadora contribui para a sustentabilidade da agricultura, nomeadamente pela melhor gestão da utilização de recursos naturais, fertilizantes e produtos fitofarmacêuticos, maior competitividade da produção agrícola, resiliência às alterações climáticas, renovação geracional no setor agrícola e redução do desperdício alimentar”.
Numa nota publicada no seu site depois da conferência, o GPP afirma que “no âmbito do diálogo estratégico sobre o futuro da agricultura na UE, a Comissão Europeia destaca na proposta para 2024 a importância da inovação tecnológica para o desenvolvimento e sustentabilidade da agricultura. Reconhece igualmente que o setor tem empreendido uma importante transformação na adoção de práticas mais sustentáveis, reforçando o seu papel fundamental na segurança alimentar. Neste contexto de inovação tecnológica, sem aumento da produtividade (com NTG) não é possível cumprir o Pacto Ecológico Europeu.
Para além de Eduardo Diniz, participaram neste conferência Jorge Canhoto, presidente do CiB-Centro de Informação de Biotecnologia, Jaime Piçarra, secretário-geral da IACA, Pedro Fevereiro, diretor-geral do InnovPlantProtect, Paula Cruz Garcia, subdiretora-geral da DGAV, Patrícia Fonseca, consultora agrícola e ex-deputada, José Diogo Albuquerque, ex-Secretário de Estado da Agricultura e especialista em políticas agrícolas, Gonçalo Rodrigues, Secretário de Estado da Agricultura, e David Pontes, diretor do jornal Público, media partner do evento. A moderação das mesas redondas esteve a cargo de Fernanda Freitas.
Assista aqui à gravação da conferência: