A FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, acaba de lançar o documento temático Gene Editing and Agrifood Systems. Com prefácio da Prémio Nobel da Química Jennifer Doudna, apresenta uma discussão equilibrada sobre os aspetos chave da edição genética.
As tecnologias de edição de genes representam um novo instrumento promissor para a reprodução vegetal e animal em países de baixo e médio rendimento. Melhoram a precisão e a eficiência relativamente aos métodos atuais de reprodução e podem levar a um rápido desenvolvimento de variedades vegetais e raças animais melhoradas. No entanto, como para qualquer nova tecnologia, elas têm os seus méritos e deméritos.
Ainda não existe consenso internacional sobre se e como os organismos geneticamente modificados devem ser regulados, e se a sua libertação seria abrangida pelo quadro regulamentar do Protocolo de Cartagena sobre Biosegurança da Convenção sobre Diversidade Biológica. Com um prefácio escrito pela Prémio Nobel da Química Jennifer Doudna, que também descobriu a ferramenta de edição genética CRISPR, este documento temático sobre edição genética e sistemas agro-alimentares apresenta uma discussão equilibrada sobre os aspetos mais pertinentes da edição genética, incluindo as consequências para a fome humana, saúde humana, segurança alimentar, efeitos no ambiente, bem-estar animal, impacto socioeconómico e distribuição de benefícios.
São abordadas preocupações éticas intrínsecas e questões de governação e regulamentação, e são resumidos os papéis dos setores público e privado, isoladamente e em parceria. São também apresentados vários cenários sobre como a edição genética poderá ser utilizada no futuro para ajudar a transformar os sistemas agro-alimentares.
O documento pode ser descarregado no site da FAO.