Através da edição do DNA, uma empresa de biotecnologia norte americana pretende ‘ressuscitar’ o pré-histórico mamute lanoso.
O há muito extinto mamute-lanoso (Mammuthus primigenius) poderá voltar a viver na tundra do Ártico. É essa a ambição da empresa de biotecnologia norte-americana sedeada no Texas Colossal Biosciences, que vai a usar a técnica de edição do genoma CRISPR para ressuscitar esta espécie pré-histórica desparecida há mais de quatro mil anos.
Num comunicado feito ontem, a empresa afirmou que através da edição genética vai inserir sequências de DNA extraídas de fósseis e pelos de mamutes-lanosos no genoma de elefantes-asiáticos (Elephas maximus). O resultado não será um mamute-lanoso como há dez mil anos, será um animal de elefante e mamute, que se assemelha mais a um elefante com características semelhantes às dos mamutes.
A Colossal Biosciences anunciou que também está interessada em trazer de volta o Tigre da Tasmânia (Thylacinus cynocephalus), um marsupial semelhante ao lobo que se extinguiu na década de 1930, e a ave dodó (Raphus cucullatus).
Nem todos partilham do otimismo da Colossal Biosciences quanto à utilização de ferramentas de engenharia genética para reanimar animais extintos. Os críticos têm advertido que, mesmo que uma empresa seja capaz de desenvolver um mamute híbrido saudável, o habitat natural do mamute já não existe – e, mesmo que existisse, o código genético não pode ensinar um animal a prosperar num ecossistema desconhecido.
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