Em Espanha, investigadores do Centro de Biotecnologia Vegetal e Genómica (CBGP, UPM-INIA), em colaboração com a Universidade de Lleida-Agrotecnio e o Instituto Catalão de Investigação e Estudos Avançados (ICREA), conseguiram produzir os primeiros cereais geneticamente modificados que exprimem dois componentes-chave da nitrogenase, a enzima que fixa o azoto atmosférico, convertendo-o em amoníaco.
Este feito representa um passo importante para o desenvolvimento de culturas cerealíferas que fixam o seu próprio azoto, o que reduziria drasticamente as necessidades de aplicação de fertilizantes. Este aspeto é particularmente importante para os países em desenvolvimento, que têm dificuldade em adquirir fertilizantes mais caros.
A investigação centrou-se no arroz, uma importante cultura de base que fornece a principal ou única fonte de calorias para mais de 2,5 mil milhões de pessoas nos países em desenvolvimento.
O trabalho, que foi publicado em duas importantes revistas científicas (Communications Biology e American Chemical Society Synthetic Biology) faz parte de um programa de investigação financiado por uma subvenção da Fundação Bill & Melinda Gates.
Saiba mais aqui.