Cientistas mostram como salvaram ratos com mutações no gene SCN5A. As mutações no gene SCN5A são causadoras de 25% a 30% dos casos de síndrome de Brugada.
A síndrome de Brugada, caracterizada por um batimento cardíaco irregular (arritmia) frequentemente fatal, causa a morte súbita em indivíduos relativamente jovens – só nos Estados Unidos, a doença é reponsável pela morte súbita de 400 mil pessoas por ano. As terapias disponíveis são limitadas e mesmo perigosas. Paradoxalmente, a maioria dos agentes antiarrítmicos não previne as arritmias, podendo mesmo provocá-las.
Mas o problema poderá ter solução à vista. Num artigo intitulado “Gene therapy targeting protein trafficking regulator MOG1 in rato models of Brugada syndrome, arrhythmias and mild cardiomyopathy”, publicado na Science Translational Medicine, os cientistas mostram como salvaram ratos com mutações no gene SCN5A. As mutações no gene SCN5A causam 25% a 30% dos casos de síndrome de Brugada.
Neste estudo, os investigadores da Clínica Cleveland, nos EUA, testaram a terapia genética AAV9-MOG1 em ratos com uma mutação no gene SCN5A e descobriram que o tratamento invertia os defeitos e corrigia as anomalias electrofisiológicas cardíacas e as características clínicas associadas à síndrome de Brugada.