Cientistas descobrem dois novos métodos que permitem usar a ferramenta de edição de genes CRISPR em vários tipos de células simultaneamente.
Um grupo de investigadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos EUA, encontrou uma maneira de adicionar ou modificar genes dentro de uma comunidade de muitas espécies diferentes simultaneamente, abrindo a porta para o que poderia chamar-se de ‘edição comunitária’.
Até à darta, o CRISPR tem sido amplamente utilizado para editar (cortar, eliminar ou adicionar) tipos específicos de células, mas apenas um de cada vez. Agora os investigadores – os mesmos que inventaram a tecnologia de edição de genomas CRISPR-Cas9 há quase dez anos – desenvolveram dois novos métodos para editar genes em vários organismos dentro de uma comunidade diversa de micróbios simultaneamente. Um método avalia quais os micróbios que são editáveis; um outro adiciona genes com um código de barras que permite aos cientistas inserir, rastrear e avaliar a eficiência e a especificidade da inserção. Este é um primeiro passo para a edição de microbiomas como os do intestino ou das plantas.
Embora a tecnologia ainda seja aplicada exclusivamente em ambientes de laboratório, ela pode ser usada para editar e rastrear micróbios editados dentro de uma comunidade natural, como no intestino ou nas raízes de uma planta, onde centenas ou milhares de micróbios diferentes se congregam.
“Eventualmente, poderemos ser capazes de eliminar genes que causam doenças ou tornar as plantas mais eficientes”, mas antes disso, como sublinhou Brady F. Cress, um dos investigadores que faz parte do grupo, “esta abordagem poderá permitir-nos uma melhor compreensão de como os micróbios funcionam dentro de uma comunidade.”
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