
Uma equipa de cirurgiões usou um rim de um porco geneticamente editado para fazer um transplante numa pessoa. Tratou-se de um procedimento temporário que durou 54 horas para que os cirurgiões pudessem observar eventuais sinais de rejeição. Este é um importante passo para um dia se poder transplantar órgãos de animais em humanos.
O Hospital de Nova Iorque deu um pequeno mas importante passo na história da transplantação de órgãos. Em setembro de 2021, uma equipa de cirurgiões liderada por Robert Montgomery usou um rim de um porco geneticamente editado para fazer um transplante temporário numa pessoa em estado de morte cerebral. A experiência durou 54 horas, o suficiente para os cirurgiões observarem o comportamento do rim no corpo humano.
O porco tinha sido geneticamente editado para não ter uma molécula de açúcar chamada α-1,3-galactose ou α-gal, que desencadeia uma reação imediata do sistema imunológico humano. Durante os dois dias de observação, o rim funcionou normalmente (filtrou os resíduos e produziu urina), não apresentando sinais de rejeição imediata.
Os porcos têm sido usados em investigações para dar resposta à escassez de órgãos para transplantes, o problema é que as suas células contêm uma molécula de açúcar que é estranha ao corpo humano, causando rejeição imediata do órgão.
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