A tecnologia de edição do genoma CRISPR foi testada pela primeira vez no espaço pela Equipa da Estação Espacial Internacional. A ideia é perceber como pode ser feita a reparação de DNA no espaço e proteger os astronautas da radiação e da ausência de gravidade.
Quando estão no espaço, os astronautas estão expostos a uma série de riscos associados à exposição à radiação que podem causar danos no seu DNA. Perceber como as células danificadas pela radiação podem ser recuperadas é o objetivo de um estudo inédito realizado na Estação Espacial Internacional (ISS).
A equipa a bordo da ISS usou a tecnologia de edição do genoma CRISPR/Cas9 em colónias de levedura para estudar o processo de reparação de DNA. O objetivo deste estudo que faz parte do projeto Genes in Space é perceber como é que a reparação do DNA pode ajudar a proteger os astronautas de doenças associadas à radiação e à ausência de gravidade (perdas de massa muscular, diabetes, doenças do coração, cancro e Alzheimer).
Os astronautas usaram o mecanismo em colónias de leveduras e compararam os resultados obtidos por equipas que fizeram o mesmo aqui na Terra, em grupos de controlo. A equipa realizou os testes e incluiu uma sequência de controlo que coloria a colónia de vermelho quando esta recuperasse de uma lesão infligida propositadamente. Ao fim de seis dias, os investigadores constataram que o tom avermelhado começou a aparecer, indicando que o procedimento foi realizado com sucesso.
Estes resultados abrem caminho a um processo de reparação de DNA de astronautas para os manter saudáveis.
Leia o estudo na revista científica Plos One.