Como é que a biotecnologia e a agricultura biológica podem ser desenvolvidas em simultâneo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Os autores de um artigo publicado no Trends in Plant Science dizem que sim e explicam como.
Na estratégia Farm to Fork (F2F), a pedra basilar do Acordo Verde Europeu, a Comissão Europeia afirma que as técnicas inovadoras, onde inclui a biotecnologia, podem desempenhar um importante papel no aumento da sustentabilidade e, ao mesmo tempo, impõe o crescimento da área de agricultura biológica. É possível conciliar estes modos de produção? São conflituantes ou podem ser complementares?
Um artigo publicado no Trends in Plant Science responde a estas questões. Segundo os autores, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) seriam mais facilmente alcançados com a introdução de novas técnicas de melhoramento vegetal na agricultura biológica e advertem que, caso contrário, o aumento esperado da agricultura biológica na estratégia F2F poderá resultar em sistemas alimentares menos sustentáveis.
Sustentando que do ponto de vista científico é difícil justificar uma tão estrita separação de “biológico”, “convencional” e OGM – promovida por uma política de coexistência (“preferida por muitos decisores políticos e grupos de interesse da UE, incluindo Organizações Não Governamentais”), os autores admitem que no contexto político atual é improvavél uma alteração da legislação da União europeia. No entanto, defendem-na sob pena de não ser viável implementar as medidas que propõem.
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