A peste suína africana é devastadora para os porcos, mas investigadores do International Livestock Research Institute têm esperança de que o CRISPR Cas9 pode ajudar a desenvolver uma vacina para controlar esta doença altamente contagiosa. Novos testes já começaram.
Investigadores do International Livestock Research Institute têm (ILRI) estão a utilizar a ferramenta de edição de genomas CRISPR Cas9 e a biologia sintética para modificar o genoma do vírus que provoca a peste suína africana, uma doença altamente contagiosa e cuja presença tem sido observada desde o início do século XX no sul e leste de África.
Os cientistas estão a tentar desenvolver uma vacina para reduzir as mortes por peste suína africana há cinco anos e até agora surgiram dez vacinas candidatas para teste, que se encontram em diferentes fases. “Este é o primeiro teste baseado num genoma a ser conduzido no genótipo IX, prevalente na África Oriental e Central”, avançou Lucilla Steinaa, Investigadora Principal do projeto de vacinas contra a peste suína africana no ILRI.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a agricultura (FAO), a caracterização genética de todos os vírus isolados da peste suína africana conhecidos até agora demonstrou 23 genótipos geograficamente relacionados com vários subgrupos.
Testes controlados em laboratório estão a ser feitos em porcos. Lucilla Steinaa prevê concluí-los até ao final de 2022, altura em que espera também já ter encontrado uma vacina que possa ser produzida.