O Brasil vai ter mais uma fábrica de mosquitos geneticamente modificados para combater doenças. Os insetos são contaminados com a bactéria Wolbachia que os impede de transmitir dengue, zika e chikungunya.
Esta será a segunda fábrica de mosquitos geneticamente modificados no Brasil com o objetivo de combater doenças transmitidas por estes insetos. Através de técnicas de modificação genética, os investigadores introduzem nos mosquitos Aedes aegypti uma bactéria chamada Wolbachia, inofensiva para os seres humanos mas que torna os mosquitos incapazes de propagar doenças como dengue, zika e chikungunya.
O projeto vai ser liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o maior centro de investigação médica da América Latina, e com ele o governo brasileiro pretende libertar os mosquitos Aedes aegypti em Brumadinho, no Estado de Minas Gerais, que desde janeiro de 2019 sofre de um desequilíbrio ambiental grave provocado pela rutura de uma barragem. Devido ao intenso lamaçal que cobriu milhares de hectares , a população de sapos e rãs baixou e a de mosquitos aumentou consideravelmente em 22 municípios afetados pela tragédia: de 859 em 2018 para 77.741 em 2019.
A ideia é que os mosquitos geneticamente modificados se misturem às populações locais de Aedes aegypti e se reproduzam, transmitindo aos seus herdeiros essa característica.
Este método Wolbachia, que já foi testado com sucesso em regiões do Brasil, Austrália, Indonésia e Vietname, permite reduzir de uma forma gradual na natureza as populações de mosquitos capazes de transmitir doenças.
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