Novo estudo do economista agrícola Graham Brookes confirma e reforça os benefícios sociais, económicos e ambientais do cultivo de variedades geneticamente modificadas.
O economista agrícola britânico Graham Brookes, da PG Economics (Reino Unido), acaba de tornar público o seu mais recente relatório, “O impacto social, económico e ambiental global das variedades GM” [geneticamente modificadas], cujos principais resultados reforçam o que o autor já havia concluído num estudo anterior, de 2018, intitulado “Vinte e um anos de milho resistente a insetos (GM) em Espanha e Portugal – contribuições agrícolas, económicas e ambientais”, apresentado e comentado em Portugal pelo próprio autor no Seminário “Poderá a agricultura portuguesa usufruir das Novas Técnicas de Melhoramento”.
Na investigação que desenvolveu para este novo trabalho, Graham Brookes verificou que a utilização da biotecnologia na agricultura continua a permitir maiores níveis de produtividade, com um aumento dos rendimentos dos agricultores (quase 19 mil milhões de dólares em 2018) e com benefícios ambientais significativos (reduziu as emissões de carbono em 23 mil milhões de quilos, o equivalente a remover 15,3 milhões de carros das estradas naquele ano). “A tecnologia das culturas GM continua a dar uma contribuição importante quer para reduzir a pegada ambiental da agricultura, quer para garantir o fornecimento global de alimentos de uma forma mais sustentável.”, lê-se no comunicado publicado no site da PG Economics.
Principais conclusões do relatório divulgado hoje pela PG Economics:
• A biotecnologia agrícola reduziu significativamente os gases de efeito estufa emitidos pelas atividades agrícolas, ajudando os agricultores a adotar práticas mais sustentáveis, como a redução da mobilização do solo. Além de diminuir a queima de combustíveis fósseis, esta prática também retém mais carbono no solo. Se as culturas GM não tivessem sido cultivadas em 2018, por exemplo, mais 23 mil milhões de kg de dióxido de carbono teriam sido emitidos para a atmosfera, o que equivaleria à circulação de 15,3 milhões de carros às estradas.
• De 1996 a 2018, a biotecnologia agrícola reduziu a aplicação de produtos químicos de síntese em 776 milhões de quilos, o que corresponde a uma redução global de 8,6%. Ou seja, os agricultores que cultivam variedades GM reduziram o impacto ambiental associado às suas práticas de proteção de culturas em 19%.
Como referido, Gaham Brooks é também autor do estudo “Vinte e um anos de milho resistente a insetos (GM) em Espanha e Portugal – contribuições agrícolas, económicas e ambientais, apresentado e comentado em Portugal pelo próprio autor no Seminário “Poderá a agricultura portuguesa usufruir das Novas Técnicas de Melhoramento”, organizado pelo CiB-Centro de Informação de Biotecnologia em parceria com a CAP e a Embaixada dos Estados Unidos em Portugal, no dia 11 de junho de 2019, na Feira Nacional de Agricultura. Este estudo analisa exaustivamente, com vários exemplos e dados estatísticos, os impactos económicos e ambientais do cultivo desta variedade de milho, desde que se iniciou o seu cultivo em Portugal e Espanha. De salientar que o autor foi o primeiro a fazê-lo, tendo como foco a contribuição económica e ambiental do milho transgénico.
Mais informações no relatório ou, numa versão mais resumida, no comunicado da PG Economics.
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