Há vários dias que a campanha “Modified” anda nas ruas de São Francisco, nos EUA, a celebrar a aplicação de tecnologias inovadoras na produção de alimentos. A iniciativa é da Cornell Alliance for Science, que, através de uma carrinha colorida, quer que os alimentos geneticamente modificados passem a ser tema de conversa.
Tendo como meio uma carrinha às cores a circular nas ruas de São Francisco, no Estado norte-americano da Califórnia, a Cornell Alliance for Science lançou, no dia 1 de outubro, a campanha “Modified” (em português, modificado) para colocar na “boca” do mundo os OGM-Organismos Geneticamente Modificados. O objetivo é envolver os consumidores no tema, fazer com que conversem sobre alimentos GE e procurem saber mais sobre eles, tendo por base o conhecimento científico e não medos e mitos infundados.
Como explicou a diretora executiva da Alliance, Sara Evanega, “à medida que as novas ferramentas de biotecnologia sintética e de edição de genomas vão evoluindo, veremos chegar ao mercado mais produtos alimentares geneticamente modificados, em parte como resposta à necessidade de mitigar os impactos das alterações climáticas.”
Na carrinha “Modified”, as pessoas podem recolher informação científica sobre alimentos GM e também prová-los, porque, acredita Sara Evanega, “comer é acreditar”.
A carrinha começou a circular no primeiro dia da conferência SynBioBeta, que decorreu entre 1 e 3 de outubro, em São Francisco. Neste encontro, que reuniu centenas de investigadores em inovação e empresas tecnológicas para estarem a par dos mais recentes desenvolvimentos em áreas como a biologia sintética e a edição de genomas e as suas aplicações em alimentos, na agricultura, na medicina e na indústria, foram distribuídos dois alimentos GM: a maçã ártica resistente ao escurecimento depois de cortada e a papaia havaiana Rainbow resistente ao vírus.
“Ao combinar amostras de alimentos geneticamente modificados com conversas informadas, podemos ajudar os consumidores a perceber melhor a utilização da biotecnologia na alimentação e na agricultura”, acrescentou Sara Evanega, convicta que os consumidores muitas vezes desconhecem o papel que as variedades modificadas podem desempenhar para tornar a agricultura mais sustentável.
A redução da aplicação de pesticidas, do desperdício de alimentos e das emissões de carbono são apenas alguns dos benefícios dos produtos geneticamente modificados atualmente no mercado norte-americano.
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