Num estudo do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), divulgado em julho, o milho geneticamente modificado (GM) é apontado como uma estratégia eficaz para resistir às secas e às pragas que com frequência afetam este País africano. Os cientistas esperam que, no futuro, as sementes transgénicas sejam acessíveis a todos os agricultores moçambicanos.
Quando foram divulgados os resultados da investigação realizada pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, em julho passado, o investigador do IIAM Pedro Fato afirmou que “a produção de milho geneticamente modificado aumentou duas vezes em relação à variedade convencional.”
A revelação é particularmente importante num País como Moçambique, em especial no Sul, onde a seca já provocou a destruição de 125.855 hectares de culturas alimentares. Mas não é só no sul que a disponibilidade de alimentos é escassa. Segundo dados oficiais, devido aos efeitos combinados de estiagem, pragas e inundações, após os ciclones Idai e Kenneth, cerca de 536 mil famílias de 103 distritos de Moçambique estão em risco de fome.
Realizado em quarentena no regadio de Gaza, província de Moçambique, o ensaio do IIAM demonstrou resultados muito positivos, pelo que os cientistas esperam que no futuro as sementes de milho GM sejam acessíveis a todos os agricultores moçambicanos e garantem que não há indicação de efeitos adversos desta variedade no que toca à biossegurança: “Não existe nenhuma evidencia científica sobre o trabalho que fizemos ou que tenha acontecido algo aos humanos, animais ou ambiente”, sublinhou Pedro Fato.
De salientar que o milho constitui a fonte básica de alimentação para a maioria da população.
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