Investigadores da AgResearch estão a fazer progressos nos ensaios de campo com azevém geneticamete modificado (GM). O objetivo é conseguir produzir esta gramínea forrageira com elevados níveis de energia metabolizada (HME) que permita reduzir as excreções de nitrogénio dos animais as emissões de gases com efeito de estufa.
Diminuir a libertação de gases que contribuem para o efeito de estufa é um grande problema para os agricultores, porque também se confrontam com a necessidade global de mitigar as consequências das alterações climáticas, o que não é fácil no setor agrícola, tantas vezes apontado como um dos maiores responsáveis pela degradação ambiental.
Mas este problema estar brevemente ultrapassado se a equipa de investigadores liderada pela AgResearch continuar a fazer progressos nos ensaios de campo com azevém geneticamete modificado (GM), que estão a ser realizados em pastagens nos Estados Unidos. Para já, garantem os cientistas, os resultados dos testes são encorajadores.
Todos os estudos até agora efetuados demonstraram que ao azevém geneticamente modificado estão associados benefícios ambientais e de produtividade, permitindo a diminuição das excreções de nitrogénio dos animais e, como tal, a redução da lixiviação de nitrato e das emissões de gases com efeito de estufa.
Neste caso, os investigadores estão a fazer ensaios de azevém GM com altos níveis de energia metabolizadora (HME) para descobrir se esta gramídea potencialmente sustentável do ponto de vista ambiental terá no campo o mesmo desempenho demonstrado em testes em ambientes controlados. O objetivo é “conseguir produzir azevém com as características que melhor se adaptem às condições climáticas e às propriedades do solo da Nova Zelândia”, afirma o investigador principal da AgResearch, Greg Bryan, acrescentando que no âmbito deste ensaio a sua equipa está também a introduzir genes nas plantas que possuem padrões genéticos mais simples, que facilitarão futuros programas de melhoramento.”
Embora os resultados dos testes sejam encorajadores, Greg Bryan prefere ser cauteloso, mantendo um otimismo contido: “Trata-se de uma investigação desafiante mas também muito complexa e de longo prazo. São precisos vários anos para criar a característica HME (altos níveis de energia metabolizadora) em variedades selecionadas de azevém. Temos de testar o seu desempenho a cada passo e a caminhada é longa.”
Saiba mais neste vídeo e artigo do canal neo zelandês Newshub.
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