Para atender à crescente necessidade de garantir a segurança alimentar, alguns investigadores e produtores de hortícolas estão a direcionar o foco para a edição de genoma. Os resultados são muito satisfatórios em algumas culturas.
A edição de genoma é um tipo de engenharia genética em que o ADN é inserido, substituído ou removido de um genoma, utilizando nucleases modificadas artificialmente. Uma das técnicas usadas na edição de genoma é o CRISPR-Cas, cuja precisão e potência permite corrigir um ou mais genes em qualquer célula viva. As possibilidades da sua aplicação na agricultura são imensas, como o demonstram as publicações que têm sido feitas sobre o CRISPR-Cas e que aumentaram significativamente desde 2013.
Desta vez, uma equipa de investigadores da Universidade de Maringá, no Brasil, testou-o em frutas, vegetais, flores e plantas medicinais e aromáticas e verificou que a aplicação da edição genética foi bem-sucedida nas culturas de repolho-anão, cenoura roxa, pepino resistente ao stress hídrico, batata de amilose reduzida, morango de crescimento rápido,tomate de maturação tardia e melancia albina.
Os resultados não foram tão satisfatórios noutros produtos hortícolas, porque, como explicam os autores do estudo num artigo revisto, ainda não possuem os requisitos básicos necessários para a edição de genoma. Acreditam, no entanto, que conhecendo melhor as culturas hortícolas poderão, no futuro, alargar a aplicação do CRISPR-Cas.
No mesmo artigo, os investigadores salientam que a versatilidade, rapidez e baixo custo desta ferramenta faz com que a aplicação da edição de genoma na agricultura seja mais acessível e eficiente do que outras tecnologias.
Mais informações sobre o CRISPR-Cas, em castelhano, AQUI e artigo original AQUI