Numa mistura de células artificiais, um tipo (roxo) produz e liberta uma proteína fluorescente, que é recebida e aprisionada dentro de um segundo tipo (cinza), transformando-se em verde. Fotografia: Henrike Niederholt Meyer.
Uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, construiu células eucarióticas artificiais “de ponta”, muito semelhantes às células reais. Tão semelhantes que conseguem assumir muitas das suas funções.
Comparadas com estruturas sintéticas mais simples, como por exemplo os lipossomas – que já estão a ser usados para transportar determinados medicamentos no corpo -, as células eucarióticas artificiais criadas pela equipa de investigadores norte-americanos, liderada pelo biólogo químico Neal Devaraj, podem ser mais sensíveis ao ambiente e realizar uma variedade maior de tarefas.
Nunca antes se chegou tão longe na imitação de células eucarióticas, mas os investigadores ambicionam alcançar mais no campo das células artificiais. No futuro, as células artificiais poderão transportar drogas no corpo e “largá-las” em sítios mais precisos, destruir células cancerígenas, detetar produtos químicos tóxicos ao organismo humano ou melhorar a precisão dos testes de diagnóstico.
Além disso, neste trabalho de “aperfeiçoamento” das células artificiais, os investigadores vão aprendendo cada vez mais sobre a origem da vida. E nós também.
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