Preocupados com a recente decisão do Tribunal de Justiça Europeu relativamente às modernas técnicas de edição do genoma, investigadores de 85 institutos europeus de pesquisa em plantas e ciências biológicas, assinaram um documento em que apelam aos deputados europeus para que salvaguardem a inovação na ciência vegetal e na agricultura (Plant Breeding Innovation – PBi), manifestando, desta forma, o seu apoio à aplicação de técnicas inovadoras no processo de melhoramento de plantas.
Os cientistas justificam esta posição de força, garantindo que a decisão do Tribunal de Justiça Europeu poderia conduzir a uma proibição efetiva da criação de culturas vegetais inovadoras, o que por sua vez privaria os agricultores do acesso a uma nova geração de variedades de culturas mais nutritivas e mais resistentes ao clima e que, segundo os cientistas, são necessárias para responder aos atuais desafios ambientais e sociais.
Juntamente com as declarações que foram surgindo na internet nos últimos meses, por parte de vários institutos de pesquisa europeus, esta declaração é a prova do consenso sólido que existe entre a comunidade de investigação em ciências da vida sobre as consequências negativas desta decisão.
Segundo Margarida Oliveira, coordenadora e vice-directora da Green-it no ITQB NOVA, explica porque razão o ITQB subscreveu a declaração: “Assinámos este documento de apoio, como muitos outros em Portugal e em todo o mundo, para apoiar e destacar a necessidade das tecnologias de edição de genoma na agricultura.” Margarida Oliveira acredita que “os deputados nacionais e europeus querem definir políticas estratégicas com fundamento científico.”
De salientar que as técnicas inovadoras representam um próximo passo no melhoramento de plantas, permitindo fazer o desejado melhoramento genético com uma grande eficiência e precisão.