Artigo de Opinião
Variedades Geneticamente Modificadas
Que importância para Portugal e o Mundo?
1 Setembro 2010 – Agroportal | M. Gabriela Cruz
As plantas transgénicas têm gerado enorme polémica, pese embora uma comunidade muito alargada de cientistas, também eles consumidores, e entre eles, mais de 25 Prémios Nobel, já terem declarado – www.agbioworld.org – não haver razão para tanta contestação ou preocupação. Tal contestação, leva-nos a perguntarmo-nos quais as motivações de muitos dos seus opositores desde o conforto das suas vidas. Motivações essas, que têm travado na Europa a redução no uso de fitofármacos na agricultura e são responsáveis por não se caminhar, mais rapidamente, para uma agricultura sustentável e para a melhoria da competitividade dos agricultores de pequena e grande dimensão.
Além disso, e também, inúmeros cientistas asseguram-nos que os genes introduzidos em plantas que posteriormente alimentarão animais não são transmitidos aos mesmos, ao sofrerem um processo de degradação no seu aparelho digestivo e, na remota hipótese de não serem degradados, também não entrarão no genoma do humano que da carne se alimenta, pela mesma razão, e pelo facto, de que o gene que faz mugir a vaca não é transmitido ao consumidor que do leite dela bebe desde pequeno e toda a vida. Já para não dar mais exemplos.
Uma variedade transgénica obtém-se: 1º por transformação ou transgenese, processo de inserção do transgene que se pretende introduzir numa célula da planta que se quer melhorar e, 2º, pela regeneração ou processo de obtenção de uma planta completa a partir da célula vegetal transformada. A nova planta, que não difere muito da convencional que lhe deu origem, possui uma nova característica bem definida e previsível. Posteriormente, a planta obtida será cruzada com variedades elite, e cuidadosamente testada antes de ser sujeita a avaliação pelas entidades oficiais que as aprovam.