Gestão adequada da resistência de insectos
a culturas Bt
27 Novembro 2009 – ISAAA
Actualmente, existe conhecimento que permite prever, monitorizar e gerir a resistência de insectos às culturas Bt, que produzir uma ou mais proteínas que lhes permite ter resistência ao ataque de pragas.
Esta foi uma conclusão de um estudo publicado na revista Journal of Economic Entomology que faz uma análise de dados de cinco continentes relativo à resistência de insectos às culturas Bt.
O autor principal, Bruce E. Tabashnik, declarou que a resistência não é algo de que se deva ter medo, mas uma ocorrência já esperada que pode ser gerida se for compreendida. Dezenas de estudos de monitorização sobre a forma como as pragas respondem às culturas Bt têm originado a produção de dados que mostram que a resistência apareceu em poucas populações de pragas, mas não na maioria.
A análise sistemática dos dados permitiu a compreensão de quais os factores que promovem a aceleração da resistência dos insectos. Com este conhecimento é possível prever com maior eficiência o aparecimento de resistências.
Os autores apresentaram, entre outras, as seguintes conclusões:
- A utilização de zonas de refúgio (ou seja, a produção de culturas convencionais em redor nas culturas Bt) pode reduzir a evolução da resistência dos insectos, devido ao acasalamento de insectos resistentes com insectos não resistentes, resultando desse cruzamento uma prole não resistente.
- As culturas que incorporam dois ou mais genes para produzirem duas ou mais toxinas Bt são mais eficientes no controlo da resistência dos insectos do que as culturas que incorporam apenas um gene para produzirem um única tóxina Bt.