Cultivo de células vivas em papelBlog

Cultivo de células vivas em papel

2 Novembro 2009 – Biotec-Zone

Foi desenvolvido, por investigadores da Universidade de Harvard, um novo método que poderá alterar o modo como os biólogos cultivam e estudam células vivas. A grande vantagem desta técnica é a sua simplicidade: tão fácil como usar uma toalha ou filtro de papel.

O estudo foi publicado na revista PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences

Actualmente, as células são cultivadas em caixas de Petri, que têm, ao contrário do organismo real, superfície plana. Para imitar a forma como as células crescem em três dimensões num organismo vivo, já existem algumas técnicas, tais como o uso de suportes, normalmente um gel. Contudo, o sistema ainda não é perfeito. Uma vez que as células localizadas em locais diferentes do órgão usam quantidades diferentes de oxigénio e alimento, as culturas em laboratório não conseguem reproduzir as condições de um órgão real. Alem disso, é também difícil estudar as células de diferentes partes do gel.

O estudo dos cientistas da Universidade de Harvard esteve voltado para a descoberta de um suporte mais simples e fácil de utilizar. Assim, descobriram que as células, quando cultivadas num papel comum (papel de filtro ou papel toalha), formam uma camada bidimensional, tal como na placa de Petri, permitindo que todas recebam as quantidades adequadas de oxigénio e alimento. Posteriormente, os cientistas empilham as folhas de papel, cada uma com a sua própria camada de células cultivadas. A porosidade do papel permite que as células comuniquem entre si, criando uma estrutura tridimensional que reproduz a estrutura de um órgão de forma mais precisa do que quando se utiliza o gel.

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