Ensaios de campo com plátanos geneticamente modificados na Bélgica
Maior eficiência na Produção de Bioetanol
23 Julho 2009 – ArgenBio
A moratória que existia na Bélgica e que impedia a realização de ensaios de campo com organismos geneticamente modificados cessou e, por isso, o Instituto Flamenco de Biotecnologia (ViB) iniciou a plantação de plátanos geneticamente modificados (GM) para produzirem menor teor de lenhina.
A Bélgica tem uma destacada trajectória na investigação na área da engenharia genética de plantas. Em 1983, um dos grupos de investigadores que apresentou uma planta GM pela primeira vez.
Os plátanos desenvolvidos por investigadores do ViB apresentam a biossíntese de lenhenina em menor quantidade e por isso as árvores têm menos 20% de lenhina e cerca de 17% de celulose por grama de madeira que os plátanos convencionais. Estas características têm influência na produção de etanol, que se torna mais eficiente e por isso a madeira destas árvores de estufa produzem mais cerca de 50% de bioetanol que os plátanos convencionais. O ViB espera apresentar os primeiros resultados destes ensaios de campo em 2012.
Em 2002, os ensaios de campo com plantas GM deixaram de ser possíveis devido à implementação da directiva 2001/18 da União Europeia sobre a libertação de OGM no meio ambiente.
O ViB foi a tribunal para obter autorização para realizar ensaios de campo com estas árvores transgénicas. Em Maio de 2008, o tribunal recusou a autorização, apesar do Conselho de Biossegurança Belga e o Ministério do Ambiente terem dado o seu consentimento. O ViB accionou os mecanismos legais e finalmente obteve a autorização do Supremo Tribunal de Justiça Belga.