Avanços no conhecimento
sobre plantas tolerantes ao excesso de sal no solo
10 Julho 2009 – ISAAA | SciDev
A superfície da Terra é coberta por água e 95 por centro dessa água contém 35 gramas de cloreto de sódio (NaCl) por litro. A acumulação de sal nos campos agrícolas tem-se tornado um problema cada maior desde que o homem inventou a agricultura. Apesar da irrigação tornar possível a prática agrícola em regiões semi-áridas e áridas, tem como consequência o alagamento dos solos e o aumento da sua salinidade, já que a água se evapora, mas os sais presentes na água acumulam-se nos solos ao longo do tempo. A degradação dos solos devido ao excesso de salinidade ocorre em mais de 20% dos terrenos agrícolas em mais de 100 países.
A elevada salinidade afecta a produção de muitas culturas, como a diminuição da disponibilidade de água no solo, a acumulação de iões nas células das plantas, o que se torna fatal para elas. Esses iões influenciam a actividade das enzimas, inibindo a fotossíntese e danificando a parede celular. O desenvolvimento de diferentes espécies cultivares resistentes à salinidade é por isso uma estratégia fundamental.
Uma equipa de investigadores produziu a planta modelo Arabidopsis com modificação genética para que se tornasse tolerante à presença de elevadas concentrações de sal no seu meio de cultura, de forma a estudar possibilidades para solucionar o desenvolvimento de culturas agrícolas em solos salinos. Foi inserido um gene que promove a produção de proteínas nessas plantas de forma a que removam o excesso de iões de sódio (Na+) da água que é absorvida pelas plantas antes que a água chegue às folhas, onde o excesso desses iões causa danos.
Este trabalho de investigação foi publicado na revista Plant Cell.