7 Maio 2009 – Público.PT
Há dois anos uma equipa norte-americana publicava na Nature por ter conseguido fazer com que ratinhos com sintomas semelhantes à doença de Alzheimer recuperassem a memória, mas só agora é que descobriu que o gene HDAC2 é o culpado.
“Este gene e a sua proteína são alvos promissores para tratar a degeneração da memória”, disse em comunicado Li-Huei Tsai, do Instituto Picower para a Aprendizagem e Memória, que está associado ao MIT nos Estados Unidos. “O HDAC2 regula a expressão de uma quantidade de genes implicados na plasticidade – a capacidade do cérebro para mudar em resposta às experiências – e na formação de memória”, disse a investigadora, responsável pelo novo estudo publicado também na Nature.
O gene faz parte da família das histona desacetilases, que controlam a transcrição de regiões de DNA porque alteram a conformação das histonas – proteínas onde a molécula de DNA se enrola e que permite formar a cromatina e posteriormente os cromossomas. As enzimas produzidas a partir dos HDCAs fazem com que as histonas fiquem mais compactas e prendam regiões de DNA que deixam de estar disponíveis para serem transcritas. Os genes que se situam nestes locais ficam inoperacionais e as proteínas que codificam não são produzidas. O fenómeno é um processo natural durante o envelhecimento dos organismos.